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Jeremy Irons



"Hollywood não gosta de cinema"

O ator inglês diz que os filmes hoje só visam ao lucro e aos adolescentes e que quase largou tudo para cuidar de sua paixão: as casas que ele compra, reforma, perde o interesse e compra outra...

Da forma como o sr. fala, parece estar desapontado com a indústria do cinema. 
E estou. No passado, Hollywood funcionava de outra maneira. Contava histórias e fazia comentários sobre a vida e sobre a condição humana. Claro que os produtores sempre quiseram ganhar dinheiro com os filmes. Mas antes eles dividiam essa parcela de produções comerciais com filmes que tinham importância. Hoje não existe mais esse equilíbrio. Infelizmente, Hollywood não é controlada por pessoas que gostam de cinema, e sim por grandes corporações que só querem fazer dinheiro a qualquer custo. 
Uma das razões para o Sr. aceitar trabalhos na tevê? 
“Sim. Sem falar que muitos dos melhores roteiristas estão trabalhando para a tevê e não mais para o cinema, em que a grande maioria dos filmes parece estar voltada para o público adolescente. Antigamente atores de cinema não faziam tevê. Hoje isso mudou. As discussões que interessam ao público adulto são mais comuns nos telefilmes, nas minisséries e nos seriados.
Entrevista muito legal sobre este gigantesco ator inglês despojado de todas as frescuras e dramas de colegas de Hollywood, do outro lado do Atlântico – Irons mora na Europa.
Após 40 anos de carreira, no cinema, na tevê e no teatro, como mantém a motivação para continuar atuando? 
Nem sempre é fácil. Reconheço que de uns 15 anos para cá eu perdi o apetite de filmar. Cheguei a pensar seriamente em desistir do cinema e até fiz uma pausa de alguns anos para repensar o que queria da vida. A verdade é que a profissão de ator é, muitas vezes, supervalorizada pela mídia, principalmente se levarmos em conta a real utilidade daquilo que fazemos. 
Irons no papel de Rodrigo Bórgia - Papa Alexandre VI
A simples presença de Jeremy Irons em um filme é uma garantia de credibilidade à produção. Vencedor do Oscar pelo papel do milionário acusado de tentar matar a esposa em “O Reverso da Fortuna’’ (1990), o inglês de 62 anos é um dos mais respeitados atores de sua geração. Com quase 80 títulos no currículo, Irons é dono de uma galeria de personagens memoráveis, aos quais acrescenta agora o inescrupuloso presidente de banco John Tuld do thriller “Margin Call”, que estreia no Brasil em outubro, e o corrompido Rodrigo Bórgia, protagonista da série “Os Bórgias”, lançada com pompa nos EUA. Apesar de convencer como ninguém nos papéis de aristocrata, fora dos sets de filmagem Irons prefere levar o que ele chama de “vida cigana de classe média’’. Atualmente, o ator nascido em Cowes, a ilha de Wight, se divide entre sete casas, que ele mesmo construiu ou reformou – incluindo um castelo do século XV, no condado de Cork, na Irlanda. “Tenho uma obsessão em colecionar casas, o que não me deixa passar muito tempo num lugar só.’’ Outra de suas fraquezas é o cigarro, do qual não faz o menor esforço para abrir mão. E não se desculpa por isso. Assim que entrou na suíte do luxuoso hotel Adlon, em Berlim, onde a reportagem de ISTOÉ o aguardava para a entrevista, Irons foi logo abrindo a janela e acendendo um cigarro – apesar do aviso de que uma multa de 300 euros seria cobrada se alguém fumasse no local. “Fumo desde que tinha 15 anos. Simplesmente me dou esse direito’’, conta o ator, sem se importar em soar politicamente incorreto...
ENTREVISTA COMPLETA DE JEREMY IRONS AQUI

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